sexta-feira, 24 de junho de 2011

Embocadura, Respiração e Staccato

Embocadura
Voltando ao trompete, os lábios quando tocar a nota também ira fazer essa vibração, ou melhor, muitas vibrações por segundo. É a administração dessa vibração que ira fazer tudo funcionar no trompete, e administrar isso é o que chamamos de Desenvolver Embocadura.
A Embocadura nada mais é do que fazer os lábios vibrar para se produzir som. Isso parece fácil falando, mas não é bem assim, pois infelizmente o corpo humano não nasceu para ser trompetista, ou seja, não nasceu pronto, mas podemos condicioná-lo para essa função. J
Uma boa Embocadura é aquela que o musico consegue desenvolver um bom som, é aquela que ela pode mudar de uma nota pra outra com facilidade e não se cansar com o passar do tempo, claro que ele ira cansar, pois tocar trompete não deixa de ser um exercício físico, pois esta trabalhando com musculatura do rosto e respiração, mas ele deve condicionar o corpo para um melhor funcionamento.
Respiração
Alem do funcionamento dos lábios é importantíssima uma boa respiração. Esse assunto sempre foi muito mistificado, cheio de prós e contras, mas eu particularmente penso na respiração como algo normal, em uma respiração que utilizamos no dia a dia, apenas com um ciclo mais completo, ou seja, no dia a dia não acredito que não utilizamos nem a metade da capacidade respiratória, mal o ar chega aos pulmões para fazer a troca (oxigênio e gás carbônico) que já estamos expelindo o ar. No caso dos instrumentos de sopro sempre pensamos em um ciclo de respiração maior, mais cheio e mais lento. É sempre manter muito ar armazenado e soprar devagar, mas nunca ir até o fim do pulmão, pois se percebem que se fizermos ciclos longos a ponto de faltar ar no pulmão ira gerar certo desconforto, cansaço e tensão para o corpo.
Outro detalhe importante da respiração é manter uma coluna de ar firme e constante, lembre-se o ar é o combustível do instrumento, se tiver oscilações na coluna de ar, poderá ter problemas com a sonoridade, afinação, etc.
Staccato
O Staccato é a forma que iniciamos um som. O som esta interligado entre três episodio: Embocadura, Respiração e Staccato. Se não tivermos uma boa embocadura, não teremos uma boa vibração, assim não teremos sonoridade, e o musico se cansará muito rapidamente. Se não tivermos uma boa respiração não teremos uma boa sonoridade, ou seja, não teremos um som vivo, brilhante, contagiante, expressivo. E se não tivermos um bom Staccato não teremos como iniciar um som com precisão.
O Staccato como disse é a forma de iniciar um som, ou seja, um modo que iremos utilizar a nossa língua para dar um “empurrãozinho” pro ar vibrar os lábios.
Existem vários meios de fazer o staccato, como também existem vários tipos de Staccato. Cada meio e tipo irão gerar uma forma diferente de se expressar musicalmente. Basicamente temos três tipos de Staccato sendo eles: Simples, Duplos e Triplos. O Staccato Simples é utilizado em tudo que é tipo de repertorio, e o tipo Duplo e Triplo são empregado em trechos rápidos onde a execução do staccato simples não fica muito nítido, ou mesmo expressivo.
O Staccato Simples é desenvolvido através de algumas sílabas, sendo elas os T e D (existem outras sílabas que podem ser interessante utilizar, como Hoo, tudo depende do tipo de execução e efeito que se quer apresentar). Nos métodos geralmente encontramos mais a utilização da silaba T, mas temos que lembrar da forma da pronuncia utilizada no método, ou seja, uma pessoa que fala fluentemente inglês terá uma determinada pronuncia com essa sílaba como também o francês, assim dependendo o idioma pode-se soar um pouco diferente o estudo. Para nós sempre é preferido utilizar as silabas D, pois se soa mais calmo, sem muito ataque, deixando a sílaba T para momentos que precisamos de uma execução mais agressiva.
Alem de iniciar um som o staccato também ira ajudar na estabilidade da nota em determinada região da tessitura. Eu sempre penso em três silabas para tocar, sendo elas: Dá, Dê e Dí. Se lembrarmos a idéia de vibração comentada a cima, temos que lembrar da aceleração do ar para que a vibração seja maior, então podemos utilizar a língua como uma válvula de controle para acelerar e desacelerar esse ar. Utilizando a sílaba Dá acabamos deixando a língua bem baixa, liberando uma grande passagem de ar entre a garganta e os lábios, é uma boa silaba para se usar nas notas graves. Já a sílaba Dê utilizamos para as notas médias, já que a língua fica no nível intermediário, e a sílaba Dí para as notas agudas, já que a língua vai estar bem alta, afunilando o ar, fazendo acelerar. Tente pronunciar essas sílabas Dáaaaaaaaa, Dêeeeeee, Díiiiiii, percebe-se a diferença na execução. É empregado da mesma forma para a Silaba T, Ta, Te e Ti.
Já a utilização de ataques Duplos e Triplos utiliza as silabas Ta Ka e Ta Ta Ka (ou Da Ga e Da Da Ga). São articulações interessantes de ser estudadas, para quem precisa executar uma escala muito rápida, com notas bem definidas e rápidas, onde não se consegue desenvolver com os ataques simples, utilizam-se essas outras formas de execução. Esse tipo de staccato exige mais estudo, pois envolve muito mais a forma de pronuncia das silabas, tente pronunciar bem rápido Da Ga Da Ga… e Da Da Ga Da Da Ga… Eu sinceramente às vezes me engasgo nessas pronuncias, a idéia é estudar a dicção delas primeiro e depois passar a estudar no instrumento e de forma bem lenta e ir acelerando aos poucos.
Bom por enquanto é isso, esse post foi um resumo de como funciona o mecanismo do trompete e como se é produzido o som nele. Vimos também que o trompete é um instrumento que exige dedicação constante, não que os outros instrumentos também não sejam, mas os instrumentos que utilizam bocais exigem um condicionamento físico diário para poder tocar, a forma de manter a calistenia dos lábios, a estabilidade da coluna de ar, as expressões utilizadas no staccato pelas sílabas, etc. Muitos já me questionaram esses parágrafos, pois os outros instrumentos também exigem e muito do corpo, e não discordo, mas no caso se dedilharmos uma corda ou pressionar uma tecla do piano mesmo não sendo executante do instrumento, já podemos no mínimo faze-lo soar algum som, mas nos instrumentos de bocais não será tão fácil assim.


terça-feira, 12 de abril de 2011

EXERCÍCIOS DE ARTICULAÇÃO

Instruções:
1° Procurar fazer lentamente e ir aumentando a velocidade com forme a prática.
2° Seguir as orientações de articulação que está na própria partitura
3° E recomendado você decorar os exercícios, e sempre fazer antes de tocar o trompete, usando isso como um aquecimento.
4° Para quem não sabe o que é, e nem quais são os tipos de articulação, está em uma postagem neste mesmo blog.



                                                                 EXERCÍCIO 1
                                                                  
                        
                                                                                 EXERCÍCIO 2


REGENTE Gustavo Dudamel


Orquestra regida por Gustavo Dudamel
Vale a pena ver.

Exercícios de FLEXIBILIDADE

Exercícios de FLEXIBILIDADE
Nível 1
                                                                            Nível 2


Por: Daniel Caligari

domingo, 10 de abril de 2011

LINHA DE TROMPETES WERIL

LINHA DE TROMPETES WERIL

NOTAS DO TROMPETE ( MUITO BOM PARA INICIANTES )

AS COMBINAÇÕES DOS NÚMEROS  É O QUE DEVE SER FEITO NOS PISTOS DO TROMPETE
EX: 1+2 = Primeiro e Segundo Pisto...

  Escala de digitação básica do trompete:


 A imagem abaixo mostra a posição dos dedos no trompete para que as notas sejam tocadas corretamente.



.




Exercicios para Inicialização do Trompete




Exercícios para inicialização do Trompete
 
Para tocar trompete, uma grande aliada para um bom som é a língua. Porém, devemos tomar cuidado para não a usarmos forma errada. Veremos a seguir, algumas dicas para um bom som e bom funcionamento da embocadura.
01 – Pronunciamento:
Para o pronunciamento das frases do trompete vamos usar uma sílaba para a garganta e uma dissiliba para os lábios:
 
  • Na garganta iremos usar a vogal A, quando pronunciamos a vogal A cantando uma nota nossa garganta esta aberta e estamos jogando ar quente para fora, este efeito deve acontecer enquando estamos tocando as notas mais graves.
  • Enquanto isso acontece, dentro da boca na saida, precisamos de um efeito diferente na saida da mesma. Os lábios devem pronunciar a dissilaba PU para que os mesmos permaneçam fleccionados.
 
02 – Lingua:
 
LEMBRANDO SEMPRE QUE O LUGAR DA LINGUA: ATRAS DOS DENTES INFERIORES E EM REPOUSO, PARA QUE O AR VENHA PASSAR LIVREMENTE.
 
EXERCÍCIOS COM A SÍLABA A
 
01
    
                   A                               A...                              
02
 
 
                   A                                  A...                               
03
                               A                                    A...
Instruções:
 
01 – Os exercícios devem ser executados num tempo lento;
02 – Nas primeiras vezes em que executar o exercício descance após cada nota;
03 – O pronunciamento da sílaba na garganta e PU nos lábios é de suma importancia;
04 – Repita os exercícios varias vezes até a boca se acostumar com o trabalho muscular;
***RESPEITE SEU CORPO, NÃO EXIJA MAIS DO QUE VOCÊ SUPORTE.

sábado, 9 de abril de 2011

O Combustível dos Instrumentos de Sopro

O Combustível dos Instrumentos de Sopro

O Combustível dos Instrumentos de Sopro: o Ar

“Tocar trompete não é mais difícil que respirar profundamente” Claude Gordon
O trompetista deve ser capaz de tocar com energia e audácia, com um som encorpado e poderoso. Muitas vezes, ainda, alto controle é exigido. Para tal, há que desenvolver os músculos responsáveis pela inspiração e expiração. Um controle inteligente da respiração aumentará a vitalidade e resistência do músico. Respirando adequadamente na apresentação ou prática diária, teremos ainda maior oxigenação cerebral, o que garante clareza mental e frescor de idéias, calma e foco. Adolf Herseth comentou certa vez que todas as vezes que nosso som é bom, nossa respiração é boa.
O ar é o combustível que produz a vibração dos lábios cujo resultado é som que extraímos do instrumento. Isso implica que mais ar produz mais vibração que em última instância produz mais som. A demanda sobre o trompetista no que tange a respiração é muito acima daquela para as atividades cotidianas – exercitar-se é preciso, portanto. Mesmo um pequeno aquecimento com bocejos deliberados, inalando uma boa quantidade de ar e depois expirando audivelmente é uma boa prática.
Uma respiração imperfeita consiste, na maioria dos casos, numa respiração rasa, onde somente uma parte das células dos pulmões desempenha seu papel, numa respiração que não usufrui a plena capacidade dos pulmões.
Tente o seguinte exercício e tire suas conclusões:
Inspire abundantemente e então tensione os músculos (punhos, braços e ombros). Em seguida, exploda a tensão e o ar exalando. Qual a sensação?
Respirar corretamente não só faz bem à pratica do trompete, mas à vida. Quando respiramos profunda e naturalmente – da maneira que os recém-nascidos fazem – tudo se move: diafragma, peito, costelas, abdômen e costas; é como que uma massagem interna sendo realizada. Quando inalamos, o diafragma faz massagem nos rins, baço e fígado. Quando exalamos, ele massageia os pulmões e coração. Diz-se que o sistema linfático, que é responsável pela desintoxicação do corpo, é também estimulado. Respiração rasa faz o corpo aberto para enfermidades. Quanto mais oxigênio dispensamos às células, mais saudáveis e vivas elas se tornam. Respiração profunda estimula as células do cérebro, aumentando a criatividade e o poder de concentração. Quando respiramos bem, nossa energia aumenta, o stress diminui (nada pode acalmar os nervos tão rápido quanto a respiração profunda), dormimos melhor, temos mais resistência. Tudo em nosso organismo é afetado pela respiração.
O aspecto físico mais importante da prática do trompete é a respiração. Som, controle, dinâmica, tessitura e tudo mais está ligado à respiração e ao fluxo de ar, particularmente. A qualidade do nosso fluxo de ar determina a qualidade da nossa prática trompetística. Leia atentamente o que Rafael Mendez falou sobre esse assunto.
“Como músicos que executam instrumento de metal, temos diferentes problemas e diferentes prazeres em relação a executantes de outros instrumentos de sopro, mas uma coisa que compartilhamos com eles é a produção e controle daquela força vital que gera o som e classifica nossos instrumentos na mesma classe: SOPRO” Rafael Mendez

Quatro Métodos de Respiração

  1. Respiração Alta
  2. Respiração Média
  3. Respiração Baixa
  4. Respiração Completa
A Respiração Alta é também conhecida como clavicular. Alguém que respira dessa maneira eleva as costelas e levanta a clavícula e o os ombros, retraindo ao mesmo tempo o abdômen e empurrando seu conteúdo contra o diafragma, que também se eleva. É o pior tipo de respiração, pois requer o máximo de energia com o mínimo de benefício.
A Respiração Média é também conhecida como intercostal. Nesse tipo também o diafragma é empurrado para cima com o abdômen contraído. As costelas se elevam e o peito é parcialmente expandido.
A Respiração Baixa é a respiração funda. Esse talvez seja o tipo mais ensinado para músico de instrumentos de sopro em geral como respiração diafragmática [1].
A Respiração Completa é o tipo mais indicado pelos praticantes de yoga e usado por trompetistas como Maynard Ferguson. Em quase todas as aulas, cursos e masterclassescom proeminentes trompetistas brasileiros, eles explicitam os benefícios da Respiração Completa. Esse tipo de respiração inclui os pontos fortes dos três tipos anteriores. Ele coloca em atividade todo aparelho respiratório. A cavidade peitoral é expandia em todas as direções.

A Respiração Completa

É compensador adquirir a habilidade de praticar a Respiração Completa como o método natural de respiração. Deve-se empregar alguma diligência para estar plenamente consciente dela. A Respiração Completa não consiste em uma prática forçada, anormal, contrária à natureza.

Três Excelentes Exercícios

“Controle adequado do ar é 98% do tocar bem o trompete” Herbert L.Clarke
Exercício 1 – Parado
 1. Fique em pé contra uma parede com os ombros para trás e o peito erguido.
2. Inspire lentamente pelo nariz até que os pulmões estejam confortavelmente cheios enquanto mantém o peito erguido.
3. Deixe o ar sair pela boca, mas NÃO DEIXE O PEITO CAIR.
4. Repita a série cinco vezes e gradualmente, com o passar do tempo, vá aumentando até atingir dez repetições.
5. Pratique esse exercício várias vezes durante o dia até que manter o tórax erguido enquanto respira comece a ser natural.

Exercício 2 – Andando

 1. Ande com um ritmo confortável, nunca tenso (de preferência numa pista de corrida) – Em cada passo tome pelo nariz uma pequena quantidade de ar para dentro dos pulmões. Faça de tal modo que esteja cheio no quinto passo (peito erguido).

 2. Ande mais cinco passos mantendo o PEITO ERGUIDO e os pulmões plenos.

 3. Ande mais cinco passos permitindo que o ar saia pela boca. Faça de tal modo que esteja vazio no quinto passo (Peito continua erguido).

 4. Ande mais cinco passos mantendo os pulmões vazios e o peito erguido.

 5. Repita o ciclo por dois ou três quarteirões. Descanse entre alguns ciclos quando precisar (sentirá fadiga ou dor em diferentes músculos), mas trabalhe para fazer todo o percurso sem parar os ciclos.

 6. A cada semana adicione uma tomada de ar até que atinja

DEZ PASSOS INALANDO,
DEZ RETENDO O AR,
DEZ EXALANDO,
DEZ COM PULMÕES VAZIOS.
Quando estiver andando com o ciclo de dez respirações uma boa quantidade sem deixar o peito cair, vá para o exercício 3.

Exercício 3 -  Correndo

 1. Volte a fazer o ciclo de cinco respirações correndo ao invés de andando.

 2. Tente paulatinamente chegar ao ciclo de dez respirações.

 3. Quando estiver correndo com o ciclo de dez respirações uma boa quantidade mantendo o PEITO ERGUIDO, terá adquirido o hábito de manter o tórax confortavelmente erguido enquanto respira.

Observe essa figura extraída do atlas de anatomia utilizado nos cursos de medicina (Netter) e veja os músculos responsáveis pela respiração.

Doze Ótimos Exercícios Respiratórios

Li uma ou duas entrevistas com Maynard Ferguson, onde, quando perguntado sobre respiração, citou um livro, que, segundo ele, o ajudou grandemente nesse sentido – “The Hindu-Yogi SCIENCE OF BREATH By Yogi Ramacharaka”. Muitos dos conceitos e exercícios seguintes foram adaptados à partir desse livro.

EXERCÍCIO UM

Exercício para aprendizagem da Respiração Completa
  1. Fique em pé ou sente-se de maneira ereta. Inspire pelo nariz, inalando de forma constante, enchendo a parte inferior dos pulmões -  a ação do diafragma, cujo movimento descendente exerce leve pressão sobre os órgãos abdominais, empurra para frente as paredes frontais do abdômen.
  2. Continue enchendo a região média dos pulmões, empurrando para fora as costelas inferiores, o esterno e o peito.
  3. Prossiga enchendo a porção alta do pulmão, projetando a parte superior do peito, as costelas superiores. Neste último movimento, a região inferior do abdômen se contrairá  levemente. Este movimento proporciona ao pulmão um suporte e auxilia no preenchimento das partes superiores do pulmão. Os passos 1, 2 e 3 não consistem em três movimentos quantizados, separados. O processo todo deve ser contínuo num movimento uniforme. Uma série de sacudidelas deve ser evitada
  4. Segure o ar por alguns segundos
  5. Exale bem vagarosamente, mantendo o peito numa posição firme, encolhendo e erguendo um pouco o abdômen enquanto o ar é expelido. Quando o ar for completamente exalado, relaxe o peito e o abdômen.
O processo todo pode ser feito inicialmente em frente a um espelho, colocando as mãos suavemente na barriga para sentir os movimentos.

EXERCÍCIO DOIS

Respiração para Resistência Pulmonar
O exercício a seguir é excelente para ser usado como conclusão de outros exercícios de respiração e como um meio de ventilar e limpar os pulmões. Seu efeito é de tonificar os órgãos respiratórios. Certamente é  de grande valor não só para o trompetista, mas também para outros instrumentistas de sopro, cantores e pessoas que trabalham com a voz.

  1. Faça uma Inspiração Completa.
  2. Segure o ar por alguns segundos.
  3. Faça um “bico” com os lábios como se fosse assoviar – mas não faça bochechas.
  4. Exale um pouco de ar pela abertura, com considerável vigor – esse é o ponto importante.
  5. Pare por um momento, retendo o ar.
  6. Exale mais ar e repita o processo até o ar seja completamente exaurido.
Podemos continuar a exercitar a expiração com um auxílio de uma folha de papel. Inicialmente podemos usar uma folha de caderno pequena.   É interessante amassar a folha um pouco para aumentar o atrito.
  1. Colocando a folha na parede, na altura da boca, assopra-se bem no meio da folha.
  2. Retira-se a mão e tenta-se mantê-la imóvel o maior tempo possível.
Vários tamanhos de papel e várias distâncias deste equivalem a várias dinâmicas e diferentes regiões – grave/agudo – enquanto tocamos (uma folha pequena à curta distância equivale uma nota aguda e piano – uma folha grande à grande distância equivale uma nota grave e forte)

EXERCÍCIO TRÊS

Respiração para Expansão da Capacidade Pulmonar
É indicado para a expansão peitoral, mas tem inúmeros benefícios em outras áreas. Faça esse exercício sem exageros.
  1. Fique em pé de maneira ereta.
  2. Faça uma Inspiração Completa.
  3. Retenha o ar nos pulmões tanto tempo quanto você for capaz de fazê-lo confortavelmente.
  4. Exale vigorosamente pela boca.
  5. Faça o EXERCÍCIO 2.

EXERCÍCIO QUATRO

Respiração Estimulante
Esse exercício é designado para estimular as células nos pulmões. Não deve ser feito com muito vigor. Se sentir alguma tontura nas primeiras tentativas, dê uma pequena caminhada e descontinue e exercício por algum tempo. Evite exageros.
  1. Fique em pé de maneira ereta, com as mão nos lados.
  2. Inale muito vagarosa e gradualmente.
  3. Enquanto estiver inalando, bata gentilmente no peito com a pontas dos dedos, mudando constantemente de posição.
  4. Quando estiver com os pulmões cheios, retenha o ar e dê tapinhas no peito com as palmas da mão.
  5. Faça o EXERCÍCIO 2

EXERCÍCIO CINCO

Respiração para Mobilidade das Costelas
As costelas admitem considerável mobilidade. Esse movimento tem importante papel na respiração adequada. O exercício seguinte é destinado à preservação dessa elasticidade. Como sempre, evite exageros!
  1. Fique em pé.
  2. Coloque as mãos nos lados do tronco, tão alto em direção das axilas quanto conveniente, com os polegares apontando para as costas, as palmas ao lado do tórax e os dedos na direção do peito.
  3. Faça uma Inalação Completa.
  4. Segure o ar por um pouco de tempo.
  5. Suavemente pressione os lados, ao mesmo tempo exale de maneira vagarosa.
  6. Faça o EXERCÍCIO 2

EXERCÍCIO SEIS

Exercício Para Expansão Pulmonar

Não exagere com esse exercício.
  1. Fique em pé.
  2. Faça uma Inalação Completa.
  3. Segure o ar.
  4. Estique os braços para frente como os punhos cerrados em unidos em linha reta com os ombros.
  5. Mova os braços para os lados vigorosamente até que estejam rente com os ombros (corpo em “T”).
  6. Volte para a posição 4.
  7. Repita várias vezes esse movimento e então exale vigorosamente pela boca.
  8. Faça o EXERCÍCIO 2.
Variação (1)
No movimento dos braços para trás [passo (5)], faça-os ir nessa direção tanto quanto possível.



Variação (2)
Faça movimentos circulares para trás algumas vezes. Mude então, e faça movimentos circulares para frente. Varie, movimentando como se estivesse nadando.

EXERCÍCIO SETE

Exercício Respiratório Caminhando
Esse exercício e as variações dele, pela sua importância já foram introduzidos anteriormente.

  1. Caminhe com a cabeça erguida, queixo inclinado LEVEMENTE em direção ao peito, com passadas constantes.
  2. Faça uma Inalação Completa enquanto conta mentalmente de 1 a 8, uma contagem para cada passo, fazendo a inalação se realizar durante os 8 passos.
  3. Exale contando outros 8 passos.
  4. Descanse entre os ciclos, continuando a andar e contar de 1 a 8, uma contagem para cada passo,
  5. Repita até que esteja cansado. Comece novamente, se desejar.
Uma variação é segurar o ar durante 4 passos e então exalar durante 8

EXERCÍCIO OITO

Respiração Matinal
Já vi bons trompetistas indicar esse exercício e testemunhar que o realizava antes de sair de casa para os ensaios.
  1. Fique pé, em posição de sentido, cabeça erguida, olhando para frente, ombros para trás, joelhos retos e mãos aos lados do corpo.
  2. Erga o corpo vagarosamente nas pontas dos pés, fazendo uma Inalação Completa vagarosa e continuamente.
  3. Segure o ar por alguns segundos enquanto mantém a mesma posição.
  4. Volte à posição inicial enquanto exala pelo nariz.
  5. Faça o EXERCÍCIO 2.
Tente fazer usando só a perna direita e então a esquerda

EXERCÍCIO NOVE

Espreguiçando
  1. Fique em pé com as mãos ao lado do corpo.
  2. Faça uma Inalação completa.
  3. Levante os braços lentamente, mantendo-os rígidos, até que as mãos se toquem acima da cabeça.
  4. Retenha o ar por alguns instantes com as mãos assim, acima da cabeça.
  5. Abaixe as mãos lentamente para a posição original enquanto exala lentamente.
  6. Faça o EXERCÍCIO 2

 Variação 1

  1. Inspire enquanto conta de 1 a 6
  2. Enquanto inala, levante os braços em movimento contínuo, até que as mãos se toquem acima da cabeça exatamente quando atingir a plena capacidade dos pulmões.
  3. Comece a exalar imediatamente recomeçando a contagem.
  4. Desça os braços enquanto exala também contando de 1 a 6 até que estejam do lado do corpo com o fim da contagem e expiração.
  5. Com a prática, aumente a contagem para 7, 8, 9, 10 e tanto quanto puder (que tal usar um metrônomo? Faça 60 semínimas por minuto e conte com as semínima como pulso). Tenha em mente que é possível fazer com 30 pulsos para cada movimento ou até mais. Sempre tenha uma atitude relaxada.

 Variação 2

A idéia aqui é advogada por Arnold Jacobs ex-tubista da Chicago Symphony Orchestra.
  1. Encha os pulmões enquanto conta de 1 a 5. Durante o processo levante os braços (como no exercício anterior)
  2. Quando atingir o 5, os braços caem imediatamente (sem exalar).
  3. Retenha o ar com a garganta aberta.
  4. Exale gradualmente
  5. Faça esse exercício em frente ao espelho com 6 repetições.
  6. Depois de uma semana, realize com três contagens apenas.
  7. Mais uma semana e faça tudo em uma contagem
EXERCÍCIO DEZ
Flexões diferentes
  1. Deite de bruços no chão com as mãos dos lados do corpo e palmas voltadas para o chão (posição de apoio).
  2. Faça uma Inalação Completa e retenha o ar.
  3. Enrijeça o corpo e levante-se com a força dos braços até que fique apoiado nas mãos e pontas dos pés.
  4. Volte à posição original e repita o processo várias vezes.
  5. Exale vigorosamente pela boca.
  6. Faça o EXERCÍCIO 2

EXERCÍCIO ONZE

Outra flexão diferente
  1. Fique em pé com as mãos contra a parede com se fosse empurrá-la.
  2. Faça uma Inalação Completa e retenha o ar.
  3. Abaixe o peito em direção à parede, apoiando o peso do corpo nas mãos.
  4. Levante de volta à posição original usando apenas os músculos do braço, mantendo o corpo enrijecido.
  5. Exale vigorosamente pela boca
  6. Faça o EXERCÍCIO 2

EXERCÍCIO DOZE

Akimbo
  1. Fique em pé com as mãos na cintura e cotovelos para fora.
  2. Faça um Inalação Completa e retenha o ar.
  3. Mantenha as pernas e coxas enrijecidas e dobre bem para frente, como se fosse fazer uma saudação japonesa enquanto exala vagarosamente.
  4. Volte à posição original e faça outra Inalação Completa.
  5. Curve-se, então, para trás exalando lentamente.
  6. Retorne à posição original e faça uma Inalação Completa.
  7. Curve-se para os lados, exalando vagarosamente.
  8. Faça o  EXERCÍCIO 2.

O Arqueiro, o Lançador de Dardos e o Arremessador de Aviões de Papel: Três Exercícios, Três Dinâmicas

  1. Imagine-se um arqueiro. Enquanto inala, faça a mímica de puxar esticar a corda do arco com a flecha. Atire em um alvo distante, liberando o ar com vigor. Dinâmica fortissimo!
  2. Para arremessar um dardo em um alvo, posicione a mão próxima à orelha (enquanto inspira). Lance com precisão enquanto expira. Mezzo Forte!
  3. Para lançar um avião de papel os movimentos são mais delicados. Pianissimo!